Ações de rua

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Recife, Rio, terceiro mundo festivo

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As ruas podem ser coloridas ou uma possível estética de re.desenho da cidade

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Esse vídeo é de uma ação realizada pelo coletivo #BaixoCentro em São Paulo.

O coletivo organizou no final de março diversas ações culturais na região do minhocão (centrão de sp) convidando as pessoas a re.pensarem a porpostas de remodelação urbana em São Paulo.

Essa região em que a ação se deu, passará por uma "revitalização" e se tornará um bairro moderno, cheio de predios de apartamentos, shopping centers e empreendimentos comerciais.

O #BaixoCentro convidou os moradores de SP a refletirem acerca dos modelos de re.urbanização da cidade.

Foi financiado pelo Catarse.

Os Residentes

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Ontem passei o dia irritado com "Os Residentes", do Tiago Mata Machado. Hoje já estou mais calmo e, embora a minha opinião final seja um tanto mais negativa que a do Fábio Andrade, acho que ele articula muito do que pensei na crítica do filme que escreveu para a Revista Cinética.

Vale dar uma lida, bem como ver o filme.


"A despeito das diferenças entre crítico e filme, Os Residentes se espatifa no encontro com os olhos e, como o grupo de protagonistas faz com as casas que aparecem ao longo do filme, se instala no imaginário de quem vê, para seguir se multiplicando após o fim da projeção. E isso é algo que o cinema brasileiro - mesmo em seu melhor - não proporcionava há tempos."

por Fábio Andrade, na Revista Cinética 

Catarseando

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A small Berlin Beijing loving thing

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Uma mudança de canal

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Esta entrevista, como eu havia esquecido?

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   não é                                    o que eu quero  
                                                   o que importa                                                  é
o que eu preciso.

Desejo e necessidade: "e se eu quiser..."

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E se, depois do ensaio, minha coxa ficar doendo e eu quiser alongar?
E se minha musica preferida tocar?
E se o sapato dela tiver um laço vermelho e eu quiser saber onde ela comprou, eu posso perguntar?
E se eu sentir sede?
O quanto de querer faz do desejo uma necessidade?
E se eu quiser chorar?
E se eu quiser beijar a boca dele?
E se eu quiser trepar agora?
E se eu quiser gozar agora?
E se eu quiser fazer uma ligação do seu celular?
E se eu quiser não ter medo de ir embora?
E se eu quiser ficar?
E se eu quiser só andar de taxi?
E se eu quiser aquele vestido, e não outro?
E se eu me sentir só?
E se eu sentir fome?
O quanto de necessidade tem em um desejo?
A necessidade é precisa. Não reclama, só dói. E, as vezes, nem isso mais.
O desejo é retornável.
Retornos. De casa até aqui, cerca de 10. Daqui até a Urca, nenhum. necessidade.
Se ninguem me deixar fazer xixi, eu faço mesmo assim. retorno.
Contorno.
Se eu não for o suficiente, via expressa. Grande avenida aterrada que leva do centro a zona sul.
Sem fuga. A cidade rotatoria.
Provocações, desejos mascarados de necessidades.
Quantas necessidades fazem um necessitado?
A necessidade mata o desejo? Ou o alimenta?
O que muda?
O desejo muda? O que o desejo muda? O que muda o desejo?
O preço da minha vida não é o que ela vale. E querer não é poder.
Poder é potencia. O que eu posso?
O poder muda? O que o poder muda? O que muda o poder?
A casa que eu preciso não é a que eu desejo.
A roupa que eu preciso não é a que eu desejo.
A comida que eu preciso não é a que eu desejo.
O que  você deseja?
O que você precisa?
Quanto do que você precisa consta entre os seus desejos?

Tornado

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Recife Frio

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O que faz uma cidade?

Demolição

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de várias Lauras

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O nome dela era Laura, ela tem mais ou menos a mesma idade que eu e tava no metrô indo do centro para Botafogo.

18 horas e metrô estava absurdamente lotado.
Um rapaz alto e bem mais velho começou a abusar dela naquela situação se esfregando sobre o corpo dela.
"-shiiii, quietinha,quietinha."Ele dizia
E ela nada fazia, nada conseguiu fazer. Ficou estática no meio daquela multidão em movimento.
"-shiii, quietinha,quietinha"
Ficou esperando a maldita estação daquele rapaz que não chegava.
"covarde,covarde".Ela pensava.
Enfim, o rapaz desceu, ela desceu em seguida parou na farmácia e pediu um dorflex.

Referência-prima (sempre)

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Saudosa Maloca

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Lugares possíveis

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A nossa cidade é:

- um prédio abandonado
- uma linha de trem
- pontos de ônibus
- nossos apartamentos
- um reduto qualquer
- o lado de fora dos muros
- o lado de dentro dos ônibus
- um estacionamento
- outro reduto ou uma fuga
- a retorção estética dos viadutos
- uma estética industrial
- um bucólico virtual
- o céu
- o sentar na calçada e ver o cotidiano acontecer
- o querer levantar e fazer alguma coisa
- temer o escuro
- desafiar e ser desafiado pelo dia a dia urbano
- desafiar a câmera
- fugir
- um prédio em construção

Valsa com Bashir

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Me lembrei dele vendo o ensaio de ontem.

Robo Fish

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Luz tropical brasileira

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Do blog do Carlos Alberto Mattos:


"Waldemar Lima, o fotógrafo de Deus e o Diabo na Terra do Sol, e Linduarte Noronha, diretor de Aruanda, morreram recentemente no espaço de pouco mais de uma semana. Ambos tinham a ver com a descoberta de uma luz especificamente brasileira para o cinema, ali na primeira metade dos anos 1960. Hoje publico aqui um texto que Waldemar escreveu especialmente para a dissertação de mestrado de Iara Magalhães, de Uberlândia (MG). Essa preciosidade me chegou às mãos através de Joel Pizzini, a quem agradeço."

(Vão até o blog dele através de um dos links para ler o texto do Waldemar Lima.)

Pronunciamento 2 - Legislativo

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Christine Chubbuck

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Na manhã de 15 de julho de 1974, Christine Chubbuck deixou confusos seus colegas de trabalho, alegando que tinha de ler um noticiário para abrir seu programa, o Suncoast Digest, algo que nunca havia feito antes. O convidado do talk show naquela manhã esperava do outro lado do estúdio, enquanto ela se sentava na mesa do âncora. Durante os primeiros oito minutos de seu programa, Chubbuck cobriu três notícias nacionais e, em seguida, um tiroteio ocorrido no dia anterior num restaurante local, o Beef and Bottle.

O filme do incidente emperrou e não pôde ir ao ar, ao que Chubbuck deu de ombros e disse à câmera: "De acordo com a política do Canal 40 de trazer o mais recente em matéria de sanguinário, em cores vivas, você vai assistir a algo inédito - uma tentativa de suicídio."

Ela sacou o revólver e atirou atrás de sua orelha direita.

Chubbuck caiu para a frente violentamente e o diretor rapidamente cortou a imagem. A operadora de câmera Jean Reed recordou mais tarde que ela achava que tinha sido uma brincadeira elaborada e não percebeu que Chubbuck havia realmente atirado na própria cabeça, até ver seu corpo se contorcendo.


A estação levou rapidamente ao ar um anúncio de serviço público padrão e depois um filme. Alguns telespectadores ligaram para a polícia, enquanto outros entraram em contato com a estação para saber se o ocorrido havia sido encenado.

Depois disso, o diretor de notícias Mike Simmons descobriu, entre os papéis que Chubbuck estava lendo durante o noticiário, um roteiro completo de seu programa, incluindo não só o tiro, mas também uma declaração para ser lida por qualquer membro da equipe que viesse a assumir a transmissão após o incidente.

Chubbuck foi levada ao Sarasota Memorial Hospital, como previsto em seu script; lá, catorze horas depois, foi considerada morta.

Por um tempo, o canal WXLT exibiu reprises da série de TV Gentle Ben no lugar do programa de Chubbuck.


Ben é o urso.

Cotidiano

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Pronunciamento 1 - Judiciário

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Anti-MUDA

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(Bela) compilação de tudo o que a cidade do nosso filme não será.

Adeus à carne

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RIO - Era dezembro de 2011 quando Michel Melamed aterrissou no Rio, após uma bem-sucedida temporada de seis meses em Nova York — sua performance de rua "SeeWatchLook" chegou à capa do "The New York Times" —, e foi surpreendido pela notícia: "Brasil ultrapassa o Reino Unido e se torna a sexta economia do mundo". O poeta, ator e artista multimídia olhou em volta, procurou no espaço público algo que espelhasse algum desenvolvimento, mas nada encontrou. Ou melhor, encontrou: a realidade era a mesma de quando havia partido, mas algo estava diferente. Era a distância que o fazia enxergar de outro modo a mesma coisa, um olhar renovado que o deixou "perplexo com a realidade brasileira".

— As pessoas diziam: "Isso é normal, daqui a pouco você acostuma". Mas eu me comprometi: "Não vou me acostumar". Vou segurar a lente desses óculos e esse olhar, porque é isso que eu quero contar. Então eu estou aqui para dizer: "Não, não está tudo legal". O nível de truculência e brutalidade generalizada nesse país não é normal. 

Em resposta ao que viu, Melamed criou o espetáculo quase mudo "Adeus à carne", que estreia nesta sexta-feira no Teatro Sesc Ginástico. O título é uma tradução do termo em latim "carne vale", e a montagem é estruturada a partir dos quesitos que norteiam os desfiles das escolas de samba. 

No carnaval metafórico de Melamed, as alegorias são compostas para desmascarar um enredo, a seu ver, falacioso que desfila livremente por todas as passarelas do país.

— Você pega qualquer veículo de comunicação e a gente vê que a sociedade brasileira é comprometida em todos os segmentos. Cadê essa sexta economia do mundo? Que enredo é esse?

O carnaval, portanto, é apenas o ponto de partida para a construção de algo que o poeta, como bom inventor de palavras, tem chamado de sambicídio.

— Essa peça é um sambicídio. Eu estou triste com o país e me pergunto: "Quem é que tá pagando esse discurso oficial de que há um carnaval no país?". É ótimo ter Olimpíadas, Copa do Mundo, mas isso não pode mascarar a nossa capacidade de ficar perplexo diante da brutalidade do cotidiano — diz Melamed. — Eu me deparei com essa agência britânica classificando o Brasil como a sexta economia do mundo. Mas não é visível que esse país é a sexta potência. Esse crescimento não se reverte em qualidade de vida, em índice de desenvolvimento humano.

Violência (narcotráfico, milícia, assassinato, estupro), política (corrupção e farsa na atuação dos governantes), educação e cultura (precariedade do ensino e ausência de políticas públicas efetivas) são as placas que se atritam e emergem do palavrório inconformado do diretor. Já em cena, o discurso é poético e imagético, transformando a inquietação numa experiência estética composta por cenas minuciosamente coreografadas, em que angústia e catarse se alternam para denunciar e expurgar o incômodo do autor com o individualismo, a exclusão, a desigualdade, a exploração e o subdesenvolvimento do país.

— Somos subdesenvolvidos e atrasados, sim. Aqui se mata um juiz! Onde já se viu isso, cara, tá louco? Nego mata a torto e a direito o tempo todo. Vem a milícia, o cara te dá um tiro e de repente acabou! A questão é complexa, mas o primeiro ponto que eu coloco é: o Brasil é o lugar da truculência. O país é brutal com as pessoas. Há uma dívida social muito grande. Uma metade desse país deve muito a outra. É inaceitável. O país está mais rico, mas não se vê. Então nesse momento o que eu tenho a dizer é com imagens, porque já não me restam palavras. Eu já usei as palavras.

Um trabalho de direção de atores

Melamed está no camarim após um ensaio, oito dias antes da estreia. As palavras soam como um desafogo de tudo que ele não diz, mas tenta — e consegue — fazer visível em cena. À sua frente, numa bancada, um laptop guarda uma série de textos dos quais ele, nos últimos dias, decidiu abdicar.

— É claro que tenho um texto para a peça, mas decidi não usá-lo. Estou há dias em trabalho de parto para chegar aqui e dizer que não terá palavras — conta. — Escrevi muito, sou um cara da palavra, mas nesse espetáculo não consegui usá-las, apesar de as imagens partirem delas. Não aguento mais falar, mas ainda quero me expressar, então talvez tenha sobrado o corpo, a força física, o espasmo que surge quando você não tem mais o que dizer.

O poeta, que iniciou a carreira declamando poesia no projeto CEP 20.000 e se tornou conhecido pela verborrágica "Tetralogia brasileira" — "Regurgitofagia" (2004), "Dinheiro grátis" (2006), "Homemúsica" (2007) e "Antidinheiro grátis" (2010) —, agora transmuta a enxurrada de palavras numa partitura densa e silenciosa, coreografada pelo próprio.

— Não sei se fiz coreografia ou um balé, sei que fiz um trabalho de direção de atores.

Acostumado a atuar sozinho, agora Melamed contracena com mais cinco atores — Bruna Linzmeyer, Pedro Monteiro, Rodolfo Vaz, Thalma de Freitas e Thiare Maya. "Adeus à carne" é, portanto, uma verdadeira troca de pele, uma reinvenção, um espetáculo diferente de tudo o que ele já fez.

Mas tem um ponto em comum com os anteriores: a dificuldade de ser descrito em palavras. Para tentar compreender o que se verá em cena, vale registrar algumas imagens: um samba-enredo versa monotemático sobre a tristeza; uma comissão de frente evolui numa descoreografia espasmódica; um abre-alas que traz como efeito uma cascata de lágrimas; uma passista ultrapassa o limite do corpo vibrando ao ponto de dilacerar em contrações musculares desconexas; componentes de alas evoluem envergados e amarrados num pau-de-arara. Assim, na passarela de Melamed, a alegria é quase inconfessável, e o amor é quase inalcançável; o samba perde o vigor do compasso e vaga numa elegia fúnebre que, ao fim do desfile, revela um carnavalesco extenuado, mas também realizado por extrair do lodo mais um belo e indefinível espetáculo.

— Até agora eu não sei do que falo. Esse espetáculo é sem sentido como o país que ele quer retratar. Hoje o Brasil é um país sem sentido — diz. — As pessoas têm uma ideia maniqueísta de que se você não o elogia e o defende você é antibrasileiro. Não tem nada disso. Eu tenho um completo compromisso com o país, uma obsessão pelo Brasil. Sempre tive e até por isso me sinto à vontade para dizer tudo isso e me perguntar: que espetáculo é esse? É um desfile ou uma manifestação? Esse país quer mais desfiles ou ele quer manifestações? Ele precisa de manifestações.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/cultura/em-adeus-carne-michel-melamed-expoe-seu-assombro-com-brasil-4031709#ixzz1nGbUXCr5
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1 pronunciamento

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Everything is a Remix Pt. 4

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uma mudança de área [liberano]

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da série vini não mora mais aqui
fotografias de vinicius arneiro




não se trata de tristeza nem de felicidade.
não há conflito aparente nem escondido.
se trata apenas de uma mudança.
e isso basta.
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1 Pronunciamento

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Mais mudança que isso...só dois disso! hhh

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Discurso 5

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Discurso 4

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Discurso 3

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Ao assistir o video acima, por favor tenham em mente:

Discursos 2

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O Exercito Zapatista de Libertação Nacional é um movoimento indígena mexicano liderado por um líder sem rosto, chamado subcomandante Marcos (comandante é o Povo).
O movimento atuou de forma armada contra o NAFTA, acordo norte americano entre EUA, Canadá e México.
Através da recém chegada ao mundo Internet, o Manifesto Zapatista chegou ao mundo e mobilizou centenas de pessoas até o Mexico, evitando piores consequencia de uma guerra Civil em Chiapas (uma das regiões mais pobres do México).


Discursos 1

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e ainda



Contracinética

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Movimento.

Faz sentido não fazer sentido

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Três atos, três poderes?

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Acabei de ler um site que usa "punir criminosos" como sinônimo de "aplicar a lei". Curioso, né? Mas a melhor parte vem quando eles dizem que cabe ao poder executivo "administrar órgãos públicos de serviços à população, como bancos." Achei engraçado e quis dividir.

Aí vem o resumão de Montesquieu na Wikipedia e completa: quando, em república, o povo, formando um só corpo, tem o poder soberano, isso vem a ser uma democracia. Quando o poder soberano está nas mãos de uma parte do povo, trata-se de uma aristocraciaNa aristocracia, o poder soberano acha-se nas mãos de um certo número de pessoas. São elas que fazem as leis, e as fazem executar.

E por falar em leis: legislar, executar e, por fim, julgar. Não é porque a linguagem deste filme ainda não se decidiu que precisamos descartar a estrutura dos três atos! Legislamos, executamos e julgamos no final?

Eu to aqui porque...E o meu preço...

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- porque as pessoas estão aqui
- porque eu estive magoado durante anos
- porque me convidaram
- porque eu sou ator
- porque eu sou atriz
- porque minha mãe tá feliz que eu vou fazer um filme
- porque vai sugar muita energia
- porque o tici foi convidado e porque o caio vai escrever
- porque o capello ta dirigindo esse filme
- porque, talvez, eu não devesse estar aqui, mas não quero perder essa oportunidade
- porque o trabalho do ator é diferente no cinema e eu acredito que o ator é montador
- 16 centavos de cruzeiro
- porque eu quero fazer alguma coisa a respeito
- porque eu quero saber que ainda posso atuar
- porque o meu preço é muito caro
- porque eu acredito muito na arte,  no cinema
- o meu preço é fazer
- o meu preço é a realização
- porque eu gosto de plano fechado
- para atuar com a bel e trabalhar com o caio
- o meu preço é sinceridade
- porque eu não quero mais magoar a bel
- porque a última vez que eu atuei com o tici foi na igreja
- porque eu quero ganhar milhões
- o meu preço é sentir prazer
- porque é um trabalho que não vai me exigir só ser ator
- o meu preço é ser tomado
- o meu preço, hoje, agora é o momento. mas pode mudar daqui a cinco minutos
- porque eu tenho medo
- eu não tenho preço porque eu não acredito no mercado
- dez mil acho que tá bem tranquilo
- porque eu quero fazer um filme muito bonito
- porque eu acredito muito no trabalho do ator no cinema
- o meu preço é que vocês descubram comigo
- porque, talvez, o meu preço seja a liberdade
- para buscar não se acomodar
- o meu preço é chegar no final e olhar para trás e ver que o filme foi editado
- porque eu quero ter uma memória nossa eternizada
- o meu preço é me deixar ser utilizado como instrumento para criar corpos tensos
- o papel transformador das pessoas
- porque eu quero que a talita seja uma diretora de fotografia
- porque cinema é conflito
- o meu preço é que eu não saia decepcionado
- do que vem depois, de ser sustentado pela minha mãe
- to morrendo de medo das coisas que o ticiano fala
- para discordar da bela
- o meu preço é lembrar das coisas que a bel falou
- porque eu não posso visitar a minha amiga
- porque o medo da isabel é legítimo
- porque eu não passei no vestibular para comunicação na ufrj e tudo me levou para isso
- porque eu tenho milhões de coisas para fazer, mas dei um jeito
- porque eu sofri uma tentativa de estupro em botafogo e eu queria falar mais sobre isso, mas não consigo
- porque eu abdiquei da culpa há três anos
- porque eu ainda posso escolher estar aqui
- porque eu acredito no detalhe
- porque a gente só expõe e pouco modifica
- porque eu acredito e boto fé nas pessoas
- porque é um privilégio poder estar trabalhando com quem se gosta
- porque existe o espaço para olhar nos olhos das pessoas
- porque o meu prazer é andar na getúlio vargas de madrugada e eu não vou abdicar disso
- porque a violência tá em mim mais do que a cidade me violenta
- porque eu prezo pela solidão, por um certo individualismo e quero lidar com isso no cinema, no teatro, ou seja, no espaço do encontro
- porque cada dia menos eu acredito na cidade, este espaço não tem mais solução
- porque eu acho mesmo que as coisas podem mudar
- porque mudou o sentido de lugar
- porque nós somos os políticos, nós somos o mercado e a cidade
- porque eles somos nós
- para que as pessoas vejam o nosso filme e também queiram estar ali. Vejam tudo o que a gente fez e discutiu
- porque a decisão é só uma decisão
- porque eu crio uma infecção por causa de um trabalho
- porque tem uma mendiga atrás da gente comendo com os pombos e isso tá lindo
- porque eu quero construir um espaço desses dentro do caos urbano
- porque eu acho um absurdo os edifícios e suas pedagogias
- porque eu quero ter filhos
- porque eu tenho pânico das escolas e da educação do país
- porque eu acho injusto o mercado dos editais. porque eu vou dar mais dinheiro para um produtor sendo que a idéia é minha
- porque eu preciso entender como que liberdade é disciplina
- porque, talvez, a liberdade seja uma falsa questão

tomou Prozac, matou a vizinha e foi para a igreja.

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"À época do crime, Bustamante tinha 15 anos e descreveu a experiência de matar Elizabeth Olten como “muito agradável”. “Eu a estrangulei, cortei a gargante e a esfaqueei, então agora ela está morta”, escreveu Bustamante em seu diário. "



http://br.noticias.yahoo.com/jovem-condenada-pris%C3%A3o-perp%C3%A9tua-morte-vizinha-9-anos-20120209.html

Dorothy Counts

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Dorothy Counts foi a primeira estudante negra admitida numa escola pública americana (de brancos). A fotografia retrata seu primeiro dia de aula na Universidade de Harry Harding, na Carolina do Norte (EUA), em 1957.

O vestido de Dorothy foi feito por sua avó especialmente para seu primeiro dia de aula. Cuspiram nele.

Centenas de alunos seguiram e acompanharam sua chegada à escola. De vez em quando alguns jogavam coisas em sua direção enquanto outros faziam gestos obscenos. Os estudantes gritam para ela voltar para casa. Dorothy foi em frente sem reagir.

Este absurdo momento de violência prosseguiu nos dias seguintes. Foram 4 dias de perseguições e insultos. Jogavam lixo durante a sua refeição e seu armário era saqueado. Depois surgiram ameaças telefônicas agravando ainda mais a situação. Por fim, os seus pais consideraram que a sua vida poderia estar em risco e optaram por tirá-la da escola.

Pode parecer pouco, mas os quatro dias em que Dorothy tentou frequentar a Harry Harding High School foram de grande importância para o Movimento dos Direitos Civis e o fim da segregação racial nos Estados Unidos.

A Terra é agadê

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1972-2012

no dice

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"Aprendi a não tentar convencer ninguém. O trabalho de convencer é uma falta de respeito, é uma tentativa de colonização do outro"

Saramago

Valendo

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Alain Bergala

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"O cinema é jovem quando retornando ao gesto que o fundou, às suas origens, inventa um novo começo. Quando alguém segura uma câmera e se confronta ao real por um minuto, num quadro fixo, com total atenção a tudo que vai advir, prendendo a respiração diante daquilo que há de sagrado e irremediável no fato de que uma câmera capte a fragilidade de um instante, com o sentimento grave de que esse minuto é único e jamais se repetirá no curso do tempo, o cinema renasce para ele como o primeiro dia em que uma câmera operou."

PLAYING FOR A CHANGE

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Coppola

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"Nós precisamos ser espertos nesses assuntos. É preciso lembrar que há míseros cem anos, e olhe lá, os artistas trabalham com dinheiro. Artistas nunca tiveram dinheiro. Artistas tinham um patrono, seja ele o líder do estado ou o duque de algum lugar, ou a igreja, ou o papa. Ou eles tinham outro emprego. Eu tenho outro emprego. Eu faço filmes. Ninguém me diz o que eu tenho que fazer. Mas eu faço meu dinheiro na indústria do vinho. É ter um outro emprego e acordar às cinco da manhã para escrever seu roteiro.

Essa ideia de que o Metallica ou qualquer outro cantor de rock tem de ser rico é algo que não necessariamente vai acontecer daqui para frente. Porque, como estamos entrando em uma nova era, talvez a arte seja gratuita. Talvez os estudantes estejam certos. Eles devem ter o direito de baixar músicas e filmes. Eu vou levar um tiro por dizer isso. Mas quem disse que a arte custa dinheiro? E, portanto, quem disse que os artistas têm que ganhar dinheiro?

Nos velhos tempos, há 200 anos, se você fosse um compositor, o único jeito de ganhar dinheiro era viajando com a orquestra e sendo o condutor, para assim ser pago como um músico. Não havia registros. Não existiam royalties de registros. Então eu diria: “tente desconectar a ideia de cinema com a ideia de ganhar a vida e dinheiro”. Porque há soluções ao redor disso."

uma mudança estetica ? (Taianã Mello)

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UMA MUDANÇA, UMA TRANSFORMAÇÃO, UMA LIBERTAÇÃO, UMA MENSTRUAÇÃO

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1/2 referência, Dogma 95

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As regras do Dogma 95, também conhecidas como “voto de castidade”, são:

  1. As filmagens devem ser feitas em locações. Não podem ser usados acessórios ou cenografia (se a trama requer um acessório particular, deve-se escolher um ambiente externo onde ele se encontre).
  2. O som não deve jamais ser produzido separadamente da imagem ou vice-versa. (A música não poderá ser utilizada a menos que ressoe no local onde se filma a cena).
  3. A câmera deve ser usada na mão. São consentidos todos os movimentos - ou a imobilidade - devidos aos movimentos do corpo. (O filme não deve ser feito onde a câmera está colocada; são as tomadas que devem desenvolver-se onde o filme tem lugar).
  4. O filme deve ser em cores. Não se aceita nenhuma iluminação especial. (Se há muito pouca luz, a cena deve ser cortada, ou então, pode-se colocar uma única lâmpada sobre a câmera).
  5. São proibidos os truques fotográficos e filtros.
  6. O filme não deve conter nenhuma ação "superficial". (Homicídios, Armas, etc. não podem ocorrer).
  7. São vetados os deslocamentos temporais ou geográficos. (O filme ocorre na época atual).
  8. São inaceitáveis os filmes de gênero.
  9. O filme final deve ser transferido para cópia em 35 mm, padrão, com formato de tela 4:3. Originalmente, o regulamento exigia que o filme deveria ser filmado em 35 mm, mas a regra foi abrandada para permitir a realização de produções de baixo orçamento.
  10. O nome do diretor não deve figurar nos créditos.

Todos os filmes que recebem o reconhecimento do Dogma 95 seguem 10 regras estipuladas por Trier e Vinterberg. Para tanto, os realizadores devem enviar cópias de seus filmes à entidade que gerencia o Dogma 95 e submetê-los à avaliação. Caso aprovado e verificado que o voto de castidade foi cumprido, os autores recebem o Certificado Dogma 95. (Via Wikipédia)

A cara da mudança {Caio}

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‎"Meu filho mais velho tem seis anos e está apaixonado pela primeira vez. Ele está apaixonado pelo Blaine de Glee. Para quem não sabe, Blaine é um garoto… um garoto gay, namorado de um dos personagens principais, Kurt. Não é um amor do tipo “ele acha o Blaine muito maneiro”. É do tipo de amor em que ele devaneia olhando para uma foto de Blaine por meia hora seguido por um ávido “ele é tão lindo”. Ele adora o episódio em que os dois meninos se beijam. Meu filho chama as pessoas que estão em outros cômodos pra ter certeza de que não perderão "sua parte favorita”. Ele volta o video e assiste de novo… e obriga os outros a fazerem o mesmo, se achar que as pessoas não prestaram atenção suficiente. Essa obsessão não preocupa a mim e a seu pai. Nós vivemos em uma vizinhança liberal, muitos de nossas amigos são gays e a ideia de ter um filho gay não é algo que nos preocupa. Nosso filho vai ser quem ele é, e amá-lo é nosso dever. Ponto final. E também, ele tem seis anos. Crianças nessa idade ficam obcecadas com todo tipo de coisa. Isso pode não significar nada. Nós sempre brincamos que ou ele é gay ou nós temos a melhor chantagem na história da humanidade quando ele tiver 16 anos e for hétero. (Toma essa, fotos tomanho banho.) E então, dia desses estávamos viajando para outra cidade ouvindo (é claro) o CD dos Warblers, e no meio da música Candles, meu filho, do banco de trás, fala: “Mamãe, Kurt e Blaine são namorados.” “São sim,” eu confirmo. "Eles não gostam de beijar meninas. Eles só beijam meninos.” “É verdade.” “Mamãe, eles são iguais a mim.” “Isso é ótimo, querido. Você sabe que eu te amo de qualquer forma?” “Eu sei…” Eu podia ouví-lo rolando os olhos pra mim. Quando chegamos em casa, eu contei da conversa para o pai dele, e nós simplesmente olhamos um nos olhos do outro por um momento. E então, sorrimos. “Então se aos 16 anos ele quiser fazer o grande anúncio na mesa de jantar, poderemos dizer ‘Você disse isso pra gente quando tinha 6 anos. Passe as cenouras’ e ele ficará decepcionado por roubarmos o grande momento dramático dele’, meu marido diz rindo e me abraça. Só o tempo dirá se meu filho é gay, mas se for, estou feliz que ele seja meu. Eu estou feliz que ele tenha nascido na nossa família. Uma família cheia de pessoas que o amarão e o aceitarão. Pessoas que jamais vão querer que ele mude. Com pais que não veem a hora de dançarem no casamento dele. E eu tenho que admitir, Blaine seria realmente um genro fofo." 


O depoimento original em inglês você encontra aqui ó:  http://getstooobsessed.tumblr.com/post/9004061623/mommy-they-are-just-like-me-my-oldest-son-is

O cara da mudança {Caio}

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- uma mudança no passado [Lila]

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Uma foto {Lucas}

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@ cara da mudança {Lucas}

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https://www.facebook.com/TheAnonymousLink22

m.u.d.a

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de mente, de corpo, de alma, de tabu...

http://www.oddee.com/item_98038.aspx

Prova de Artista

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Belo documentário disponível gratuitamente via streaming até o fim de janeiro: http://provadeartista.com/

Uma mudança no futuro [Jana]

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#işgal #occupyWS #ocupario #ocuparbarcelona #acampasampa #occupylondon #احتل

Me diga o que quiser sobre os ultimos tempos, mas jamais ouse me dizer que não fomos importantes.


"
Don't fall in love with yourselves, with the nice time we are having here. Carnivals come cheap—the true test of their worth is what remains the day after, how our normal daily life will be changed. Fall in love with hard and patient work—we are the beginning, not the end.(...)"
Slavoj ZiZek, no Occupy Wall Street

Álvaro de Campos

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"Ah quem tivesse a força para desertar deveras!"

Papiroflexia

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uma foto [liberano]

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