Luz tropical brasileira
| por Pedro Capello |Do blog do Carlos Alberto Mattos:
"Waldemar Lima, o fotógrafo de Deus e o Diabo na Terra do Sol, e Linduarte Noronha, diretor de Aruanda, morreram recentemente no espaço de pouco mais de uma semana. Ambos tinham a ver com a descoberta de uma luz especificamente brasileira para o cinema, ali na primeira metade dos anos 1960. Hoje publico aqui um texto que Waldemar escreveu especialmente para a dissertação de mestrado de Iara Magalhães, de Uberlândia (MG). Essa preciosidade me chegou às mãos através de Joel Pizzini, a quem agradeço."
"Waldemar Lima, o fotógrafo de Deus e o Diabo na Terra do Sol, e Linduarte Noronha, diretor de Aruanda, morreram recentemente no espaço de pouco mais de uma semana. Ambos tinham a ver com a descoberta de uma luz especificamente brasileira para o cinema, ali na primeira metade dos anos 1960. Hoje publico aqui um texto que Waldemar escreveu especialmente para a dissertação de mestrado de Iara Magalhães, de Uberlândia (MG). Essa preciosidade me chegou às mãos através de Joel Pizzini, a quem agradeço."
(Vão até o blog dele através de um dos links para ler o texto do Waldemar Lima.)
Christine Chubbuck
| por Pedro Capello |Na manhã de 15 de julho de 1974, Christine Chubbuck deixou confusos seus colegas de trabalho, alegando que tinha de ler um noticiário para abrir seu programa, o Suncoast Digest, algo que nunca havia feito antes. O convidado do talk show naquela manhã esperava do outro lado do estúdio, enquanto ela se sentava na mesa do âncora. Durante os primeiros oito minutos de seu programa, Chubbuck cobriu três notícias nacionais e, em seguida, um tiroteio ocorrido no dia anterior num restaurante local, o Beef and Bottle.
O filme do incidente emperrou e não pôde ir ao ar, ao que Chubbuck deu de ombros e disse à câmera: "De acordo com a política do Canal 40 de trazer o mais recente em matéria de sanguinário, em cores vivas, você vai assistir a algo inédito - uma tentativa de suicídio."
Ela sacou o revólver e atirou atrás de sua orelha direita.
Chubbuck caiu para a frente violentamente e o diretor rapidamente cortou a imagem. A operadora de câmera Jean Reed recordou mais tarde que ela achava que tinha sido uma brincadeira elaborada e não percebeu que Chubbuck havia realmente atirado na própria cabeça, até ver seu corpo se contorcendo.
A estação levou rapidamente ao ar um anúncio de serviço público padrão e depois um filme. Alguns telespectadores ligaram para a polícia, enquanto outros entraram em contato com a estação para saber se o ocorrido havia sido encenado.
Depois disso, o diretor de notícias Mike Simmons descobriu, entre os papéis que Chubbuck estava lendo durante o noticiário, um roteiro completo de seu programa, incluindo não só o tiro, mas também uma declaração para ser lida por qualquer membro da equipe que viesse a assumir a transmissão após o incidente.
Chubbuck foi levada ao Sarasota Memorial Hospital, como previsto em seu script; lá, catorze horas depois, foi considerada morta.
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