O Ator-montador (OKAMOTO, Eduardo)

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Sumário

Apresentação 15
Introdução 17
Montagem e composição: uma diferenciação elementar 17
Cinema e montagem 21
O choque dialético como elemento fundante do cinema 21
O conflito como método de criação em cinema 23
O conflito da forma 27
Montagem de assunto 28
Quadro síntese 31
Montagem em cinema e montagem em teatro 31
A Ação física 35
Teatro, arte da ação 35
Treinamento: o teatro como processo 36
A ação psicofísica 38
A Mímesis Corpórea 43
Intracultura e transculturalidade 43
Poesia e imitação 46
Imitação e descoberta de si 49
A imitação e a codificação da ação física 52
Montagem 55
Introdução ao estudo da montagem 55
Notas sobre a pré-expressividade 57
Na pré-expressão, a expressão 59
De volta ao estudo da Montagem em Eisenstein 60
“Vizinhos do Fundo” 63
A personagem como síntese de materiais 63
Dramaturgismo 65
Aprendendo com os equívocos 66
“Agora...” 69
Breve histórico do trabalho 69
Criação dramatúrgica 72
Montagem dramatúrgica 75
Montagem de gêneros literários 77
Roteiro de “Agora e na hora de nossa hora” 82
“Agora e na hora de nossa hora” 85
A repetição no cinema de Eisenstein 85
A repetição em “Agora e na hora de nossa hora” 91
Repetição e autoria 95
Outras três repetições em “Agora e na hora de nossa hora” 97
Conclusão 101
Apêndice 105
Referências 157

Referencias

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Com vocês, um dos meus cineastas preferidos



http://en.wikipedia.org/wiki/John_Cassavetes

Cassavetes é um diretor que trabalhou essencialmente transpondo a barreira entre cinema e teatro. Desenvolveu tecnicas de improviso com os seus atores e conseguiu atuações extremamente brilhantes (como Gena Rowlands em A woman under influence).
É associado ao cinema verité, mas eu particularmente acho que é alem disso, acho que é um pézinho no ator-autor que estamos buscando.


Uma música | Susana Amaral

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João Gilberto - Chão de estrelas

I'm almoust not crazy

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doc em várias partes sobre o cineasta John Cassavetes

Revolução = amor

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Uma mudança cíclica {Jana}

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Tem uma coisa irônica nisso tudo:

Ao aproximar-se a morte,
assim como ao se aproximarem os aniversários,
nossa casa se enche de gente.


Todos querem participar desse momento (que mesmo pungente de dor) é uma celebração da vida.

Z.É. - Zenas Emprovisadas

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- O que vamos fazer amanhã à tarde, Cérebro?

- A mesma coisa que fazemos todas as tardes, Pinky: uma assembleia para discutir aquilo que consideramos ser o mal batendo à porta, ainda que já tenhamos deixado essa porta ser arrombada há muito tempo.

Uma mudança poética | Susana Amaral

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(Um trecho de) El portunhol selvagem es free, de Douglas Diegues

(El portunhol tiene forma definida.) El portunhol selvagem non tiene forma. (El portunhol es um mix bilíngue.) El portunhol selvagem es um mix plurilíngüe. (El portunhol cabe em qualquer moldura.) El portunhol selvagem non cabe em moldura alguma. (El portunhol es bisexual.) El portunhol selvagem es polisexual. (El portunhol es el Kurupira castrado por Anchieta y quando baila la cumbia sempre se parece a um Gaucho com Concha.) El portunhol selvagem es um batallón de Kurupís com sus mítikos pennes de 7, 9 ou 11 metros, dependendo, y quando baila la cumbia fascina yiyis de todas las épocas y non se parece a nada parecido. (El portunhol es meio papai-mamãe.) El portunhol selvagem es mais ou menos kama-sutra. (El portunhol es urbano y post-modernus.) El portunhol selvagem es rupestre y post-porno-vanguardista. (El portunhol es binacional.) El portunhol selvagem es transnacional. (El portunhol es determinado.) El portunhol selvagem es indeterminado. (El portunhol tem color.) El portunhol selvagem non tem color. (El portunhol es um esperanto-luso-hispano-sudaka.) El portunhol selvagem es uma lengua poétika de vanguarda primitiva que inventei para fazer mia literatura, um deslimite verbocreador indomábel, uma antropófagica liberdade de linguagem aberta ao mundo y puede incorporar el portunhol, el guarani, el guarañol, las 16 lenguas (ou mais) de las 16 culturas ancestraes vivas em território paraguayensis y palabras del árabe, chinês, latim, alemán, spanglish, francês, koreano etc. (El portunhol pode ser dulze). El portunhol selvagem talvez seja mais trilce. Resumindo sem concluziones precipitadas: el portunhol selvagem es free.

#CarlSaganDay

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(vejam a série inteira)

Uma mudança no futuro.

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Deixa estar jacaré que a sua lagoa há de secar.

Que Cinema é Esse? Outros pontos de vista sobre as Leis de Incentivo

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26/10/2011
por Larissa Padron

Na última edição da coluna Que Cinema é Esse?, nós questionamos se é possível fazer filme independente no Brasil sem Leis de Incentivo. O que conseguimos de resposta dos produtores Vânia Catani e Fabiano Gullane foi que é difícil fazer qualquer tipo de cinema sem lei de incentivo no país; e da secretária do Audiovisual do Ministério da Cultura, Ana Paula Santana, a garantia de que essas leis ainda vão durar muito tempo.

Nesta edição, nós temos a contrapartida. O depoimento de alguém que consegue, e está sendo bem sucedida, em distribuir filmes independentes sem contar com a ajuda do Estado: Silvia Cruz, da Vitrine Filmes. E o lado de quem é contra as leis de incentivo, pelo menos em sua configuração atual, o professor de cinema André Gatti. O objetivo da coluna com isso não é dizer o melhor caminho - com ou sem lei de incentivo - e, sim, apresentar ao leitor diferentes pontos de vista.

Outras maneiras - A Vitrine

Na última Mostra CineBH, a primeira vez que o nome de Silvia Cruz, sócia da Vitrine Filmes, distribuidora paulista, surgiu foi nas palavras da produtora Vânia Catani, da Bananeira Filmes: “Eu não conformo com esse resultado de venda de ingresso, eu não acho que eles são de fato o que o filme poderia ser. Acho que a gente tem, sim, problemas de distribuição, a gente tem, sim, problemas de sala, mas eu acho que a Silvinha, por exemplo, é uma pessoa que se propõe agora a pensar uma maneira diferenciada de distribuir esse tipo de filme [mais "autorais"], porque eles vão continuar sendo feitos, tem gente que tá interessada neles. Agora, tem que falar com essa gente. Qualquer negócio é assim. Sei lá, você não vende jóia pra todo mundo, mas você vende jóia, tem gente que compra".

O que Silvia Cruz tenta fazer é exatamente isso, buscar uma maneira diferenciada de distribuir esses filmes independentes, em locais que atraiam esse tipo de público. Para ela, seria prejudicial colocar essas produções mais autorais em grande circuito, em grandes salas, pois isso faria mal para o mercado, pelo público mais restrito do filme. As salas de cinema possuem um caráter maior de "cinema evento", e por isso, recebem essas grandes produções com maior preferência.

Mas existe público para os filmes independentes, e, por isso, a Sessão Vitrine busca agrupar esses filmes e levá-los para salas menores - em museus e centros culturais - das cidades, a preços mais baratos - nenhum ingresso do projeto ultrapassa R$10. Atualmente, a Sessão Vitrine funciona em 13 capitais brasileiras, em todas as regiões do país, tendo mais quatro cidades em negociação.

O projeto da Vitrine é todo feito sem leis de incentivo, e Silvia explica como consegue: "Se os custos maiores são de assessoria de imprensa, site, material de divulgação, uma vez que a gente puder fazer tudo isso para todos, o dinheiro dividido entre todos fica muito menor. Então, a gente pode fazer um orçamento com muito pouco dinheiro, porque a gente também sabe que a gente vai ter muito pouco dinheiro na bilheteria. É uma equação que é condizente. Acho que tem filmes que ganham editais, ganham muito dinheiro, e o filme acaba sendo visto por muito pouca gente. A gente quer fazer o contrário: lançar com muito pouco, alcançar o máximo que a gente puder e já sabe que a renda não vai custear esse mercado.

"A minha ideia foi sempre tentar fazer uma venda para algum canal de TV, algum dinheiro privado antes do lançamento, e usar esse dinheiro pro lançamento. A gente vende alguns filmes pro Canal Brasil, é uma pré-venda, então, eles já dão o dinheiro agora, a gente usa o dinheiro pro lançamento e eles têm o direito de exibição três, quatro meses depois - o que para eles vale muito a pena, porque esse filme já passou no cinema e, obviamente, ele vai ter um destaque maior na TV, as pessoas já conhecem, o filme já foi divulgado. Em alguns casos, o filme já foi vendido pra um canal, ou a venda não aconteceu. Enfim, cada caso é um caso, tem filme que sobrou algum dinheirinho da produção, tem filme que ganhou algum edital na cidade dele para ser lançado, enfim... Cada filme a gente vê quanto tem de dinheiro e a gente faz uma equação para que seja dividido para todos, para todo o projeto".

Silvia vê que a sessão funciona realmente como uma vitrine, e que o caminho para esses filmes terem um pouco mais de lucratividade é a internet, em sites como o Mubi, por exemplo, que possui um público mais especializado.

Mas Silvia também admite que não é fácil se manter sem leis de incentivo. Um pouco antes da elaboração dessa coluna, a Vitrine foi contemplada pela Linha C do Fundo Setorial do Audiovisual. O Fundo Setorial é uma iniciativa da Ancine (Agência Nacional de Cinema), que destina dinheiro para produção e distribuição de filmes nacionais. O dinheiro do fundo vem de impostos e taxas obrigatórias pagas por empresas de telecomunicações e produtores de conteúdo para TV e comerciais. A Linha C, especificamente, dá o dinheiro para o distribuidor, mas para que ele seja investido na produção do filme, e a empresa beneficiada fica com os direitos de distribuição, automaticamente. Ao questionarmos Silvia quanto a isso, ela disse que realmente acha mais saudável se manter sem dinheiro das leis de incentivo, mas que está cada vez mais difícil se manter assim, e que o dinheiro privado é bem menor que o público.


Contrapontos às leis de incentivo

Você já se perguntou por que a Globo Filmes (uma empresa que aparentemente não precisaria de incentivos do Estado para financiar nada, certo?) tem sempre seu nome vinculado àqueles filmes que mostram as milhares de logomarcas de leis de incentivo em seu início?

Um dos principais questionamentos de algumas pessoas quanto a essas leis vem do fato de boa parte dos recursos serem direcionados para filmes de grandes produtoras e com grande apelo comercial, filmes que já teriam uma bilheteria rentável o suficiente para custear sua produção e obter lucro. Muitas vezes, o recursos destinado a um só filme desse tipo poderia ser o suficiente para custear vários pequenos filmes independentes. A continuação Muita Calma Nessa Hora 2, por exemplo, foi beneficiada neste mês com a mesma Linha C do Fundo Setorial do Audiovisual, da Ancine. Serão investidos na sua produção R$3 milhões de reais, sendo que a primeira parte do filme, do mesmo diretor, Felipe Joffily, foi a quarta maior bilheteria de 2010 do cinema nacional, arrecadando mais de R$11 milhões nos cinemas. Outra coisa que incomodou o público esta semana, em relação as leis de incentivo, foi a matéria do Correio Braziliense que denuncia que o Rock in Rio recebeu incentivos - via Lei Rouanet - para ser realizado. Considerando que o propósito principal das leis de incentivo é democratizar a cultura, dá para considerar que um evento em que o ingresso custa no mínimo R$190 é democrático?

No texto a Globalização do Cinema no Brasil (1993-2009) (páginas 10 a 13), o professor de Cinema Brasileiro na FAAP (Fundação Armando Alvares Penteado), em São Paulo, André Gatti, questiona e expõe este e mais alguns dos problemas das leis de incentivo, e do cinema nacional como um todo, ao demonstrar a dominância das empresas majors (empresas multinacionais, na maioria dos casos, norte-americanas) de distribuição, geralmente em parceria com a Globo Filmes, no mercado audiovisual brasileiro. Essas empresas, e os filmes que elas distribuem, acabam se fortalecendo, em detrimento de empresas nacionais que fazem produções com um conteúdo cultural mais próximo da realidade brasileira. De acordo com o professor, esse é um dos motivos que o faz ser contra as leis de incentivo, em sua forma atual. Ou em suas próprias palavras:

“Por que eu sou contra as leis de incentivo? Porque é uma maneira preguiçosa do Estado se acomodar em relação aos fatos. Porque quando a gente acompanha o processo histórico que derivou no que são as leis de incentivo, no fundo é assim: o Estado sai da cena e repassa para a sociedade civil resolver o problema, com recursos do Estado. Tudo bem. O problema é que isso não gerou uma política para o cinema e o audiovisual brasileiro. Uma coisa é democratizar o acesso, a circulação e tudo mais, outra coisa é a formação da indústria. Aí é a política que tem que ter, o Estado tem que ter uma política, é o Estado que dá o dinheiro! Então, esse é o problema.

"O outro problema é o círculo vicioso do artigo 3º. O artigo 3º é um artigo que obviamente capta menos dinheiro do que o artigo 1º, mas é o que beneficia mais os realizadores, porque, lembre-se: o artigo 1º é 6% do Imposto de Renda devido; o artigo 3º é até 70% do imposto devido. Então, é um descompasso. Porque para as empresas majors, você deixa ela investir até 70% do imposto devido, e as empresas que não estão na área do audiovisual só podem usar até 6%. O que isso implica? Isso implica no fato que só podem investir grandes empresas, você não pode chegar na padaria da esquina lá e falar: "O senhor não pode ajudar meu curta?”
"Depois, tem o outro lado, que é uma questão de contrapartida que não existe. O estado dá dinheiro para o realizador, para ele constituir um patrimônio para ele? Como é que é? "Ah não, porque foi assim com a industria isso, com a industria aquilo...". Tudo bem. Mas então, é papel do estado financiar filmes para as produtoras se tornarem donas de um filme. Depois, na hora de botar na Programadora Brasil, os caras fazem mil lenga-lengas, "porque não pode isso, não pode aquilo". Pô! Mas o teu filme foi feito com dinheiro público cara, não entendo! O filme lançado não fez nada na bilheteria, não fez nada no DVD, e você não quer que as pessoas vejam seu filme também? Então, que democratização é essa? É assim: se o mercado tá indo bem, então porque só faz filme com dinheiro incentivado e não entra dinheiro bom nessa história? Me explica? Alguma coisa está errada aí. Porque? Porque o sistema está viciado”.

É um pouco complicado, principalmente para leigos, entender a diferença entre esses artigos mencionados pelo professor, mas a diferença principal é que no artigo 1º, qualquer empresa sediada no Brasil, independente do ramo, pode investir partes de seus dividendos fiscais - com máximo de 6% - na produção de filmes nacionais. No artigo 3º, empresas estrangeiras localizadas no Brasil, incluindo as principais distribuidoras de Hollywood, podem aplicar parte de seus dividendos - sendo no máximo 70% - nas produções locais. Esse artigo também se estende às produções para TV.

Gatti explica que uma reflexão e reformulação desse sistema é uma das soluções: "Eu acho que, o que a lei tem que estabelecer nesse momento é uma reflexão crítica sobre as leis de incentivo, é ver os prós e os contras e fazer uma coisa comparada com o que outros países fazem, como a França, como a Argentina, sei lá, pegar outros modelos como exemplo, para a gente ter um modelo mais sensato. Porque o que acabou acontecendo nesse momento é que o gênero que foi consagrado é um gênero importado, que é a comédia romântica. E o cinema brasileiro como é que fica nessa história, nossa tradição, nossa cultura? Comédia romântica não é o nosso gênero, o nosso gênero sempre foi a pornochanchada ou a chanchada, que é o nosso filme de comédia. Então, o próprio cinema brasileiro tá ficando muito pasteurizado. Claro que tem essa moçada que faz um cinema mais legal e tal, mas esse cinema não dialoga com o público. Então, a gente precisa achar uma equipe, um jeito de ter um tipo de cinema que seja contestador, que seja questionador e tudo, mas que dialogue com o público, porque cinema, para mim, é um meio de comunicação social, não é eu e meus amigos vendo meus filmes".

Fonte: Cinema em Cena

Des(encontro) com Caio

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Carrossel

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Ela morreu rodando pelos ares.

Quando Plutão deixou de ser planeta

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"Historicamente, revogar o status planetário de Plutão não seria sem precedentes; a lista de ex-planetas inclui o Sol, a Lua e os asteróides. A despeito disso, muitas pessoas defendiam que Plutão continuasse sendo considerado planeta, porque quase todo mundo havia se acostumado a pensar nele dessa forma."


Para ler o resto: http://ceticismo.net/2007/02/16/quando-plutao-deixou-de-ser-planeta/

Uma mudança Cega [Jana]

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São Paulo, 07 de Novembro de 2009

Acordei.
Essa cidade é um trago interminável, respiramos muito mal aqui. Pelo menos estavamos fisicamente intactos, um em cada direção da cama. Dor nas costas, enjoo, olhos inchados. Pelo menos estávamos inteiros.
Entre uma respirada e outra, uma melancolia inexplicável. Essa São Paulo é dos sonhos desejos amores histórias Augustas e Consolações e gente querendo tirar de voce absolutamente tudo que voce tem peace of mind.
Descemos a Rua Augusta por pirraça, quando um não quer dois não briga.
Dormimos na praça Roosevelt, 15 reais o pernoite. Fedor.
A melancolia tende a ser expandida demasiadamente quando as ruas amplas cheias de sujeira & arranha céu estão vazia.
Sábado de manhã.
O furor do teatro abandonara a praça e ali restavam apenas os desavisados como nós, andando para metrô Republica ou qualquer outro que chegasse antes já que voce não confia que sim, eu sei andar no centro de São Paulo.
Eu não conseguia sentir raiva. Eu não conseguia sentir quase nada.
Estava anestesiada por um sentimento que mais tarde consegui identificar como perda, mas na hora era apenas uma manhã muito cinza.
O céu estava azul e foi nublando, já quando chegamos na Barra Funda o dia estava branco.
Coube muito branco naquela melancolia.

Você foi embora aí, então não me culpem os que estranham minha negação.

Empatia, agente de mudança

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Outra mudança de sexo e uma avalanche para piano {Pedro Capello}

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Nova Ordem, de Valentina Homem

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Dica de @meunomeegal.

Martin Scorsese e O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro

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Preparem seus elencos!

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O que é imutável {Lucas}

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A única coisa que podemos dizer que fomos durante toda a nossa vida: contraditórios. A contradição.

Werner Herzog's Rogue Film School

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The Rogue Film School will be in the form of weekend seminars held by Werner Herzog in person at varying locations and at infrequent intervals.

The number of participants will be limited to a maximum of 65.

Locations and dates will be announced on this website and Werner Herzog's website: www.wernerherzog.com approximately 12 weeks in advance.

The Rogue Film School will not teach anything technical related to film-making. For this purpose, please enroll at your local film school.

The Rogue Film School is about a way of life. It is about a climate, the excitement that makes film possible. It will be about poetry, films, music, images, literature.

The focus of the seminars will be a dialogue with Werner Herzog, in which the participants will have their voice with their projects, their questions, their aspirations.

Excerpts of films will be discussed, which could include your submitted films; they may be shown and discussed as well. Depending on the materials, the attention will revolve around essential questions: how does music function in film? How do you narrate a story? (This will certainly depart from the brainless teachings of three-act-screenplays). How do you sensitize an audience? How is space created and understood by an audience? How do you produce and edit a film? How do you create illumination and an ecstasy of truth?

Related, but more practical subjects, will be the art of lockpicking. Traveling on foot. The exhilaration of being shot at unsuccessfully. The athletic side of filmmaking. The creation of your own shooting permits. The neutralization of bureaucracy. Guerrilla tactics. Self reliance.

Censorship will be enforced. There will be no talk of shamans, of yoga classes, nutritional values, herbal teas, discovering your Boundaries, and Inner Growth.

Related, but more reflective, will be a reading list. Required reading: Virgil’s “Georgics” and Ernest Hemingway’s “The Short Happy Life of Francis Macomber”. Suggested reading: The Warren Commission Report, Rabelais’ “Gargantua and Pantagruel”, “The Poetic Edda”, translated by Lee M. Hollander (in particular The Prophecy of the Seeress), Bernal Diaz del Castillo “True History of the Conquest of New Spain”.

Required film viewing list: The Treasure of the Sierra Madre (1948, dir. John Huston), Viva Zapata (1952, dir. Elia Kazan), The Battle of Algiers (1966, dir. Gillo Pontecorvo), the Apu trilogy (1955-1959, dir. Satyajit Ray), and, if available, “Where is the Friend’s Home?” (1987, dir. Abbas Kiarostami).

Follow your vision. Form secretive Rogue Cells everywhere. At the same time, be not afraid of solitude.

www.roguefilmschool.com

A estrela que mudou o Universo

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por Cássio Barbosa


No início da década de 1920, um intenso debate marcava o confronto entre dois pontos de vista sobre o Universo. O debate girava em torno da natureza das “nebulosas espirais”, observadas pelos astrônomos desde o século anterior.
Um ponto de vista afirmava que se tratavam de nebulosas próximas, todas dentro de nossa galáxia. O segundo ponto de vista afirmava que essas nebulosas tinham caráter extragaláctico, ou seja, estavam tão distantes que não poderiam estar confinadas na Via Láctea.
Foto: Nasa / ESA / Hubble Heritage Team
O antagonismo entre essas duas correntes de pensamento produziu um debate público entre dois dos mais prestigiosos astrônomos da época. Harlow Shapley defendia o primeiro ponto de vista e Herber Curtis optava pelo segundo.
No fundo, essa era uma discussão sobre o Universo em si. De acordo com Shapley, a Nebulosa de Andrômeda fazia parte da Via Láctea e o Universo era composto de uma única “supergaláxia”.
Não houve uma discussão, como muitos imaginam. Os dois astrônomos deram, cada um, uma palestra a respeito das escalas de distância no Universo em uma reunião da Academia Nacional de Ciências dos EUA, em Washington, em abril de 1920.
Depois das palestras, houve alguns momentos de debate, mas isso é comum em reuniões assim. No final das contas, também não houve vencedores ou vencidos, ao menos naquele momento. Ambos não conseguiram apresentar argumentos sólidos que convencessem a audiência sobre qual teoria estava correta.
Mas eis que em 1923, Edwin Hubble enviou uma carta para Shapley com um gráfico representando os resultados das observações de uma particular estrela em Andrômeda. As fotos, que deram origem ao gráfico, tinham sido obtidas pelo recém-inaugurado telescópio de 2,5 metros de diâmetro do observatório de Monte Wilson, nos EUA.
Na época, esse era o maior e mais moderno telescópio do mundo. Essa estrela foi chamada de Variável de Hubble número 1 (ou somente V1, para os íntimos) e é de uma classe conhecida como Cefeidas. As Cefeidas são variáveis, ou seja, seu brilho varia periodicamente. O estudo desse tipo de variável em nossa galáxia permitiu estabelecer uma relação entre brilho e distância.
Com essa relação calibrada e as observações de V1 em Andrômeda, Hubble mostrou, sem sombra de dúvidas, que a nebulosa deveria estar muito além dos limites da Via Láctea.
Esse gráfico era a prova convincente que Shapley precisava para admitir que estava errado. Dizem que ao abrir e ler a carta do Hubble, ele teria dito: “Esta é a carta que destruiu meu universo.”
De tão importante, cópias da foto de V1 usada por Hubble (o astrônomo) voaram na missão do ônibus espacial Discovery, que levou ao espaço o telescópio nomeado em homenagem ao físico em 1990. Outras cópias voaram também na missão de 2009 que fez o último conserto do telescópio espacial.
De tão especial – afinal essa estrela mudou o universo -, o astrônomo Dave Soderblom propôs que ela fosse acompanhada pela Associação Americana de Observadores de Estrelas Variáveis durante 6 meses. Com base na curva de luz, o Hubble foi apontado para Andrômeda com o intuito de obter imagens com V1 no seu máximo brilho e depois no seu menor brilho.
Essas imagens foram apresentadas na reunião da Sociedade Americana de Astronomia no dia 23 de maio. Mais do que uma homenagem ao Hubble e às Cefeidas, é um lembrete que essa classe de estrelas revolucionou a cosmologia.
Elas foram identificadas e acompanhadas em centenas de outras galáxias, estabelecendo que elas estavam umas mais distantes que as outras, ajudando na descoberta da expansão do universo.

Revolution will not be televised

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Uma mudança de mundo {Lucas}

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Claire Denis (reprodução não-fidedigna)

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A) Você começou a fazer filmes muito tarde, já com mais de 40 anos. Me desculpe perguntar, mas o que você ficou fazendo nesse meio tempo entre a graduação na escola de cinema e o início de sua carreira como diretora?

B) Quando saí da escola de cinema, aos 20 e poucos anos, via muitos de meus amigos cientes de suas posições como "cineastas". Achava aquilo um pouco prepotente, não conseguia ver em mim uma tomada de decisão tão clara como essa de bater o pé e afirmar: "sou cineasta". Então, consegui alguns trabalhos como assistente de direção, que para mim funcionavam como "jobs", onde eu podia estar dentro do universo que me interessava, e trabalhar diretamente com cinema. De algum modo, era como estar... era como estar clandestina do meu próprio desejo.

Uma mudança que voce ja presenciou {Jana}

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Eu ando certo.Perto.

Uma mudança inesperada de perspectiva {Pedro Capello}

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Todas as noites, vou até o fundo da cozinha, em diversas ocasiões, para fumar um cigarro. Uma das coisas mais incríveis de Copacabana são as grandes áreas comuns que se formam da junção dos fundos de seus vários prédios grudados uns nos outros. Não se trata de uma área de convívio, mas de observação. Janelas que dão para outras janelas, quartos de onde se podem ver cozinhas, salas de estar e pequenas varandas povoadas por roupas penduradas nos varais.

Eu não moro em Copacabana, e sim no Leme, mas esta qualidade arquitetônica também existe por aqui.

Do fundo da cozinha, acostumei-me a acompanhar momentos banais de outras vidas. Da minha janela indiscreta, descobri personagens como o senhor habituado a passar horas em frente à tevê, até altas horas da madrugada, a jovem de vinte e poucos anos que mora com a mãe e usa com freqüência o banheiro da cozinha, o rapaz solteiro cujo violão permanece o tempo todo encostado na parede, sem ser tocado, e recebe visitas ocasionais de duas ou três moças diferentes.

O prédio dele é o que mais me chama a atenção, devido ao singular colorido de suas janelas. Cada andar conta com diversas iluminações únicas, do lilás chamativo composto pelas cortinas sempre fechadas daquele apartamento próximo ao térreo à luz estroboscópica dos filmes de ação que, imagino, passam eternamente naquele lar situado no longínquo décimo segundo andar.

O tempo me acostumou a fumar sempre no escuro. Munido de um sentimento de proteção, acompanhava a vida dos outros discretamente a partir da minha torre panóptica particular.

Mas isso – esse sentimento – não existe mais.

Certa noite, segui os mesmos passos de sempre – o procedimento é o mesmo há anos: entro na cozinha, fecho a porta com delicadeza, sirvo-me um copo de coca zero, vou até a janela e acendo meu cigarro. Nada demais acontecia naquela madrugada, e até o senhor da tevê já havia ido dormir (gosto de pensar que ele não tem uma vida social das mais agitadas). Estava concentrado, provavelmente no trabalho que aguardava o meu retorno, quando algo me distraiu.

Na janela abaixo do rapaz do violão, uma luzinha avermelhada e de movimentos limitados atraiu meu olhar. Apertei os olhos e logo vi que se tratava de uma brasa de cigarro.

Outra pessoa fumava à janela, no escuro, como eu.

Fiquei acompanhando aquele pontinho de luz dançante durante minutos e, mesmo depois que o segundo vigilante noturno terminou de fumar, permaneci concentrado em sua janela. Teria ido embora? Ou continuava lá, à espreita, acompanhando os movimentos do meu cigarro? Ou ainda: teria sido a minha presença uma surpresa também para ele, ou ela?

Fiquei por lá ainda alguns minutos após a coca e o cigarro acabarem, pensando. Vigiando. Ainda me pego aguardando o seu retorno, de vez em quando, mas o outro fumante parece ser mais furtivo do que eu. Pode ser, inclusive, que tenha sido apenas um visitante, que nunca mais voltou àquele apartamento. Mas bastou um cigarro para que mudasse o meu ritual. 

Hoje, até me permito, às vezes, fumar com a luz acesa.

Acabo de voltar de mais uns tragos. Uma madame chegou da rua com seu cachorro, um poodle, pelos fundos do prédio ao lado.

Uma mudança que não chega{Jana}

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Irritação

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Está tudo errado.

Tudo. A verdade é essa.

A semana desmorona em dias de revolta.

Você, paga o que me deve.

E você, não, eu não vou te cumprimentar.

Nasça e morra e seja feliz assim.

O azar é seu.

Uma foto {Pedro Capello}

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Onde passa o rio [uma mudança de ritmo]

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A veces llegaba un extranjero, alguien que se deslizaba entre los autos viniendo desde el otro lado de la pista o desde la filas exteriores de la derecha, y que traía alguna noticia probablemente falsa repetida de auto en auto a lo largo de calientes kilómetros. (La autopista del sur, Julio Cortázar)

Uma mudança que você já presenciou {Bel}

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Uma mudança inesperada {Bel}

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Mudei. Continuo querendo sal, mas ando pensando em açúcar.

O que é imutável {Gustavo Guimarães}

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Apenas a mudança é imutável.
Apenas a variação é universal.


O que é imutável {Pedro Capello}

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Momentos parados no tempo.

Uma mudança de temperatura {Pedro Capello}

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Daí eu fiz.

E mais uma mudança de ideia {Pedro Capello}

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Nunca foi (im)possível. E o tempo dirá.

Outra mudança de ideia {Pedro Capello}

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Foi uma indireta. E retiro o que disse:


Porque era uma coisa boa, e nova, na minha vida.
E foi quando eu acreditei que o velho é que era bom que eu me machuquei.

Uma mudança de ideia {Pedro Capello}

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Mudar de ideia e assumir um erro pra quê? Admiti-los (os erros) e depois não assumi-los é o que dá essa impressão de que se é íntegro, perfeito.

Ora, não vamos poupar elogios: perfeitamente íntegro, isso sim.

Vamos, então, apresentar os fatos tais quais o são: erros, nunca houve. Não vamos também fingir que não há qualquer política envolvida na questão, pois tudo se trata da mais alta diplomacia. Conveniência, para que não sejam necessários quaisquer esforços.

Pessoalmente, acho brega, datado, out of place não querer mudar de ideia. Mas quem sou eu pra julgar?

Sejamos cafonas, portanto!

A verdade é que, na geopolítica da minha vida, você é minha Nagasaki. Não leve a mal, mas é que quem nasce para Nagasaki não chega a Hiroshima. O seu potencial é esse. E acabou.

Vê? Vê como me alimenta? A sua fissão faz a minha fusão... e agora só isso importa.

Uma mudança de corte {Pedro Capello}

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E de shape também.

Essa nossa amizade bonita

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Vamos combinar uma coisa.

Eu sou seu amigo, quando preciso. Quando você precisa, não me interessa. O que me interessa é ser seu amigo pra poder falar mal daquele outro - o seu outro amigo.

Não, não. Não me interessam seus problemas. Eu sei que não estou aqui pra você o tempo todo. Pelo contrário, só quando eu quero mesmo. E eu sei que a gente não se fala sempre, mas eu sou seu amigão, adoro me confidenciar com você. Sabe o que aquele outro fez? O seu "melhor" amigo, sabe o que ele fez?

Ele é louco.

Ah, ele não te falou nada? Viu? Viu como eu sou seu amigo? Estou aqui te contando em primeira mão, poxa! Legal, né? Sou seu amigão. Quando preciso, eu sou.

Então é isso.

Estava precisando ser seu amigo agora, usar essa nossa amizade bonita pra alguma coisa. Agora, com licença, vou lá.

Quando eu precisar, te procuro pra ser seu amigão de novo.

Até.




Chega mais, me dá um abraço, queridão!

Uma mudança geográfica {Renata Lestro}

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eu já percorri 30 Km e agora me preparo para cruzar o mar.

Uma inquietação {Renata Lestro}

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A cara da mudança{Jana}

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ou o instante anterior a qualquer mudança, dessas que vem sem controle.


(Xana is a punk rocker)

Uma fuga com o circo {Bel}

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"(...) Logo no corredor que dá acesso aos quartos das crianças em estado grave, sentada numa cadeirinha infantil que alguém esqueceu por ali, uma senhora chora, sem desespero, copiosamente. A palhaça da dupla senta ao seu lado em outra cadeirinha igualmente esquecida, e delicadamente lhe estende a mão. Ficam ali, as duas. Uma mulher que chora e uma palhaça que lhe dá a mão. Não tenho mais a noção de quanto tempo se passa: não sei dizer se ficamos dez ou quarenta minutos ali, sem dizer palavra; as duas, eu e o outro palhaço que também, nesse momento, apenas observa. (...) Noto o rosto da palhaça. Ele está sério, sem peso, mas concentrado. O palhaço de hospital também atua quando não faz rir e nós compreendemos isso, simplesmente, numa situação como esta. O palhaço, no contexto hospitalar, pode trazer para alguém toda a beleza e esperança de se estar vivo e presente, mas também lembra toda a fragilidade e inconstância de ser humano. Descubro que o silêncio do palhaço é porque quando não há nada a fazer, não fazemos nada. Mas podemos esperar juntos por um momento em que as coisas estejam melhores.  Estou cansada, quero ir embora para casa, mas permaneço ainda mais um pouco para observar uma última ação dos palhaços. Estão no quarto, a mãe, a tia e um amigo da família que apresenta dificuldades de locomoção. A menina  deitada,  de  olhos fechados,  deve ter aproximadamente dez anos. Parece tranqüila. Chama-se Joyce. Recuo da porta, para não invadir o ambiente com a minha presença, e espero no corredor. Os dois palhaços que observo avançam e entram, mas a porta fica aberta. Eu só escuto o silêncio. Não dá para ter a mínima idéia do que se passa lá dentro. De repente, o som da flauta da palhaça que toca a música de Caetano Veloso, Luz do Sol “que a folha traga e traduz, em verde novo, em folha, em graça, em vida, em força, em  luz”. Os palhaços saem, entram em outro quarto, mas não os sigo. Quero ficar ali, esperar alguma reação de dentro da nuvenzinha silenciosa onde descansa o anjinho Joyce. Um médico e dois enfermeiros entram no quarto. Fico na dúvida se Joyce já terá voado. Permaneço no corredor, e critico meu voyeurismo. Sou uma professora, penso para me compensar, preciso saber o que acontece depois da passagem dos palhaços, o que resta da relação que se estabeleceu entre eles, o que cada um leva para si e para sempre. Os homens de branco saem. Silêncio. Ainda silêncio. Não me movo do lugar. Mas também não quero ficar lá muito mais tempo, parada no meio do corredor, onde transitam macas, aparelhos grandes e estranhos, médicos apreensivos. Não quero atrapalhar nada. Tomo a direção da saída, e já perdida dos palhaços, enquanto espero o elevador,  ouço novamente a melodia da música de Caetano, desta vez pelo assovio de alguém. Num impulso, volto correndo à porta do quarto de Joyce. Vem de lá o som. E num mísero e pequenino instante, nesse passageiro e efêmero momento, experimento uma sensação madura e material de que, enfim, e não no fim, a vida pode aceitar a morte.

Entre nove da manhã e cinco da tarde
Quatro graus lá fora."
 


Ana Achcar Paris, 27 de fevereiro de 2003. Visita de observação do trabalho do Le Rire Medecin  no Institut Gustave Roissy

I wish... (2)

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http://iwishthiswas.cc/

Uma mudança cega{Jana}

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Nunca mais, eu disse nunca mais na minha vida eu dormirei em um quarto de motel barato e sujo. Nunca mais divido a conta em Março sem beijo na boca.
Nunca mais.

Uma mudança de mundo {Fernanda}

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Uma mudança de sexo {Pedro Capello}

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Uma mudança de ritmo {Lucas}

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I wish...

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Uma mudança boba {Bel}

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E então um belo dia, ao perguntarem o meu nome, eu respondi: BEL.

O passado caiu todo no chão

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Julia

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Ela era atriz e precisou abandonar a carreira por conta de uma doença crônica nas pernas.
Ela agora é dramaturga e criou o blog onde ela posta todos os dias uma notícia boa do mundo.
São um pouco irritantes essas ações benfeitoras, mas a Julia é meu exemplo lindo de superação.

365diasqueacalmaramomundo.zip.net

uma mudança que não se quer {Fernanda}

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Uma mudança poética {Fernanda}

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"Dançar de forma bizarra durante a noite inteira nos caixas eletrônicos dos bancos. Apresentações pirotécnicas não autorizadas. Land-art2, peças de argilaque sugerem estranhos artefatos alienígenas espalhados em parques estaduais. Arrombe apartamentos, mas, em vez de roubar, deixe objetos Poético- Terroristas. Seqüestre alguém & o faça feliz. Escolha alguém ao acaso & o convença de que é herdeiro de uma enorme, inútil & impressionante fortuna – digamos, 5 mil quilômetros quadrados na Antártica, um velho elefante de circo, um orfanato em Bombaim ou uma coleção de manuscritos de alquimia. Mais tarde, essa pessoa perceberá que poralguns momentos acreditou em algo extraordinário & talvez se sinta motivada a procurar um modo mais interessante de existência. Coloque placas de bronze comemorativas nos lugares (públicos ou privados) onde você teve uma revelação ou viveu uma experiência sexual particularmente inesquecível etc. Fique nu para simbolizar algo. Organize uma greve em sua escola ou trabalho em protesto por eles não satisfazerem a sua necessidade de indolência & beleza." Terrorismo Poético, Hakim Bey
espiritual.

Uma fuga com o circo (troco MacBook por passagem pra Pequim) {Lucas}

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Uma mudança pra pior {Bel}

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Uma mudança de ritmo{Jana}

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quem sou eu para não topar?

Um vídeo {Pedro Capello}

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Uma muda de roupa (Caio Riscado)

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Uma mudança que dá medo{Jana}

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Uma mudança de temperatura{Jana}

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Take my arm, take my leg, oh baby don't you take my head?

O que é imutável {Jana}

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Acima de todas as coisas, a liberdade.

Antes de existir nós, é necessário existir eu e existir voce.
Aí então, por escolha ou por afeto, seremos dois ou muitos.
Acima de todas as coisas, a liberdade.


Uma mudança que não se quer {Jana}

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Era Natal. Pela primeira vez Tia Ana e o Zé estavam hospedados em casa, por causa do vento. Faz muito calor em Dezembro, o apartamento perto do rio era mais fresco que o resto da cidade. Na verdade ela só queria agradar, a casa nem tinha móveis bonitos e minha mãe jamais soube receber hóspedes, nunca sabe o que fazer por eles e se desespera.

Era Natal, e o Natal sempre piora as piores notícias. Foi até bonitinho ver a Clara chorar junto comigo porque eu estava chorando, mas ainda assim parecia que o mundo não fazia nenhum, sentido.
Por que que mesmo tentando não dá pra levar numa boa?

[Eu estudei, eu juro que estudei, mas eu troquei a ordem das frações, e depois eu esqueci de divirdir o resultado por dois, depois eu não entendi o espelho concavo como concavo e sim como convexo, mas eu sabia a matéria, eu só errei o finalzinho de todas as questões mas eu sabia toda a matéria, de cor e salteado!]
Mas não interessa, não importa o que se faça, sempre falta alguma coisa.

Tia Ana estava fazendo rabanada, era sensacional a capacidade de produzir tantos pirex de rabanada por hora, era muito açucar e canela na mesa azul da copa, Tia Ana vira pra mim e diz:
"Você está fumando Janaína? Ah bom, eu senti um cheiro de cigarro"
Mas voce trouxe um pacote com 10 maços de Free light, como eu não ia pegar pelo menos um Tia Ana?

Tudo bem.

Os vinte reais que sobraram da conta do bar em que o Samuel saiu correndo no dia 22 estavam na mesinha.

Vou ali já volto!

O azulejo vermelho, tudo vermelho o cheiro forte de tinta meu deus como fede essa merda, acho que dá onda. Do jeito que tava, pior não poderia ficar. E até ficou bonito, meu cabelo vermelho. Do que mais eles poderiam reclamar? Eu já não era da turma das meninas meninas, eu já não era mais das inteligentes também, que que tem então?
Vou ali ser ruiva. já volto.






Uma mudança estética e poética (Caio Riscado)

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Por favor, não me chame de cara.

Uma mudança geográfica e de temperatura (Caio Riscado)

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Domingos Ferreira, 180.

Uma mudança para pior {Pedro Capello}

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Nem de perto a mesma espontaneidade, nem de longe a mesma gargalhada. 

Alguma mediocridade e toda a irritação do mundo, aquela vontade de mandar a real: que bosta, hein? Não é que nada interessasse, mas o hoje não fazia jus ao ontem. "De que cor é a saudade?"

Roxo de raiva. A noite inteira juntos e nenhum vestígio do que um dia foi. Chato.

- As pessoas mudam.
- No seu caso, para pior.

Um caminhão de mudança {Lucas}

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Aparou a franja, bebeu whisky, comprou flores, gerenciou a conta, praticou o inglês, deletou do Orkut, vendeu o carro, deu comida ao papagaio, apedrejou o presidente, varreu o quintal, afogou os cigarros, triturou o tapete da sala, foi pra Guadalajara, cantou Gal Costa, arranhou a perna, xingou o trocador, perdoou o padre, chupou bala, entregou a tese, abdicou do trono, fechou a obra, disse tudo, fugiu do trânsito, pintou o teto, pulou a cerca, ligou pro dentista, armou o circo, incendiou a casa de bonecas, rasgou o embrulho, arrombou a gaveta, largou no altar, eliminou os exércitos vermelhos, redesenhou a planta, demitiu a empregada, tropeçou no abismo, desfez as malas, concluiu o segundo grau, mexeu na ferida, pediu pizza, quebrou a cara, carregou o piano, matou os três filhos, cortou as unhas e entrou na yoga.

Fagner & Zeca Baleiro - Babylon

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Days With My Father

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Phillip Toledano, um fotógrafo que eu curto, fotografou os seus últimos contatos com o seu pai. Depois da morte de sua mãe, seu pai que sofria de perda de memória recente piorou. As fotografias, mais do que como registro, atuam na recuperação de uma memória que não poderia ser compartilhada de outra maneira. Se, todo memória é trabalho e aqui nos colocamos para discutir a idéia, ou a possibilidade, de mudança, penso na mudança que este dispositivo de convivência ou programa performático seguido pelo fotógrafo possa ter ocasionado nos últimos tempos da vida de seu pai.


pensemos.




tamanha a delicadeza.


Existe um mundo que está acabando e outro que está começando

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Quando a Wikipédia resolve falar bonito:

Uma mudança ou transformação pressupõe uma alteração de um estado, modelo ou situação anterior, para um estado, modelo ou situação futuros, por razões inesperadas e incontroláveis, ou por razões planejadas e premeditadas.

Mudar envolve, necessariamente, capacidade de compreensão e adoção de práticas que concretizem o desejo de transformação. Isto é, para que a mudança aconteça, as pessoas precisam estar sensibilizadas por ela.

Perceber a dinâmica das mudanças é uma necessidade. Viver atualizado é uma questão de sobrevivência e uma maneira de visualizar melhor o futuro, já que os novos tempos exigem uma nova postura de pensamento. Existe um mundo que está acabando e outro que está começando e as pessoas, naturalmente, costumam lidar com isso de maneira defensiva, com temor ou rejeição, na maioria das vezes.

Mesmo pessoas mais esclarecidas e atualizadas revelam-se surpresas com as mudanças sociais, políticas, econômicas, tecnológicas, culturais, ecológicas etc que acontecem ao longo da vida. Essas transformações fazem com que a vida não seja um caminho linear que as pessoas percorram livres e desimpedidas.

Uma por dia, todos os dias

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Fall

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Todas elas

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O cabeçalho deste blog é composto por diversos registros que venho fazendo com o celular há alguns meses. Acredito que, de alguma forma, essa colagem pode indicar alguns caminhos estéticos possíveis que andam ocupando minha cabeça.

Decidi, por isso, fazer este post com todas as fotos juntas. A questão com elas, ao menos por ora, é meramente estética. Assim sendo, vamos a elas, uma a uma, sem maiores explicações. 












#1música

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"stopped into a church
I passed along the way
well, I got down on my knees
and I pretend to pray

you know the preacher likes the cold
he knows I'm gonna stay
California Dreamin'
on such a winter's day"

Green Boots e Ian Woodall

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Uma inquietação.

Ian Woodall is a British climber who was on the mountain on that fatal day in 1996, leading a South African expedition. He was at camp 4 during the storm and, having returned to basecamp for 5 days rest, reached the top a couple of weeks later.[7] Claiming that the body of the climber has continued to haunt him, Woodall returned to the mountain in 2007 with a different mission: not to summit but to help fallen climbers find their last resting place in dignity. They included Francys Arsentiev, the first American woman to have summited Mt Everest without bottled oxygen in 1998. He plans to return in 2011 to move the body of Tsewang Paljor.

 

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